sábado, 25 de fevereiro de 2012

Parto Normal após cesárea - VBAC




Fonte: http://www.amigasdoparto.com.br

Parto Normal Após Cesárea - PNAP (em inglês VBAC)

O Brasil tem sido o campeão mundial de cesáreas há alguns anos, mas nossas taxas de mortalidade continuam alarmantes. Os países com menores taxas de cesárea são os que apresentam menor taxa de mortalidade materna e neonatal. Com os hospitais e médicos da rede privada brasileira ostentando taxas de 80 a 90% de cesáreas, é natural que cada vez mais mulheres tenham passado por essa cirurgia e estejam se perguntando:

Depois de uma cesárea, posso ter um parto normal?

A resposta é SIM. Como regra o parto normal sempre é mais seguro que a cesariana, uma cirurgia que têm suas complicações já conhecidas. (Veja artigo sobre riscos da cesárea). Existe risco de complicação de aproximadamente 0,6 % a cada vez que uma mulher é operada. De modo geral, a cesárea tem 4 vezes mais risco de morte materna e 10 vezes mais risco de morte neonatal. Essa taxa se repete no mundo todo, independente das condições tecnológicas em que são feitas as cesáreas.

No caso do parto normal após cesárea (PNAC), o principal risco é o de ruptura uterina. A taxa de ruptura uterina nos PNAC é de 0,5%. Caso ocorra uma ruptura, a mulher deve ser imediatamente operada para que o bebê seja retirado e a abertura seja fechada. No entanto deve-se lembrar que a ruptura uterina também ocorre em mulheres que nunca engravidaram ou foram operadas, bem como antes do início do trabalho de parto.

A questão primordial é: não existe parto sem risco, não existe nada na vida sem risco. Viver tem sua taxa de risco, mas deixar de viver não é uma opção. Quando uma mulher (ou um médico) opta pela cesárea para evitar a ruptura, ela não está eliminando o risco. Ela está trocando uma taxa por outra.

Quem então deve escolher se vai ter um parto normal ou cesárea?

Obviamente é a mulher, pois ela é quem deverá assumir as consequências de sua escolha. O médico será seu parceiro nessa escolha. É quem vai estar atento caso seja necessária uma intervenção, nos raros casos em que isso aconteça.

Porque então os médicos dizem que depois de cesárea é arriscado um parto normal?

Duas razões principais: a primeira é que obstetras são cirurgiões. Bons cirurgiões. Não são necessariamente bons parteiros e a maioria deles tem o olhar treinado para a anormalidade e não para a normalidade em suas mais variadas formas. A segunda é que a maioria dos médicos privados no Brasil prefere o parto cirúrgico de qualquer forma, tanto no primeiro parto, com nos seguintes, a qualquer idade ou situação de saúde. Isso é facilmente constatado pelas pesquisas recentes e pelas atuais taxas de cesárea. A questão médica normalmente acaba sendo: como justificar a escolha da cesárea? E se uma mulher já tem uma cesárea prévia, então já há uma justificativa pronta.

Então como faço se quiser ter um parto normal?

A mulher que quer ter um parto normal depois de cesárea na rede privada deve encontrar um médico que dê preferência ao parto normal sempre (não só no discurso como na prática, obviamente). (Entre em contato com o site Amigas do Parto para obter indicações). Na rede pública isso não é mais um problema, pois a maioria já adota a regra de tentar o parto normal antes de qualquer medida. O problema maior na rede pública é o abuso no uso do "soro", ou seja, o hormônio sintético ocitocina, como será discutido abaixo.

Toda mulher que teve cesárea pode ter um parto normal?

A imensa maioria pode, pois no Brasil a maioria das mulheres estão passando pela cesárea sem indicações claras e precisas. Geralmente a justificativa é "falta de dilatação", "passou da hora", "cordão enrolado no pescoço", todos esses argumentos bastante discutíveis. É apenas uma minoria que foi operada por ter problemas reais na bacia ou outra justificativa séria. Alguns fatores devem ser observados, no entanto. Se a operação foi feita com aquele corte baixo, na linha do biquini, então os riscos são de fato muito baixos. A operação feita de cima a baixo, o corte vertical, a princício traz um aumento do risco de ruptura. O outro ponto é o número de cesáreas prévias. Como em cada cirurgia o útero é cortado em um local diferente, quanto mais cirurgias, mais cicatrizes uterinas. No entanto a literatura cita com alguma frequência os partos normais depois de duas, três e até quatro cesáreas. No serviço público essas histórias são mais comuns, pois as mulheres já chegam no período expulsivo e não dá mais tempo de operar, mesmo que os médicos achem indicado.

Se eu quero um Parto Normal após Cesárea, o que devo evitar?

O mais importante é evitar o uso dos indutores e aceleradores de parto prostaglandina e misoprostol (citotec), que aumentam muito a força das contrações e portanto fazem aumentar o risco de ruptura. A ocitocina também deve ser evitada pois, embora seja menos prejudicial que os dois primeiros medicamentos, também aumenta a força das contrações uterinas.

É verdade que o Parto Normal após Cesárea só pode ser feito com fórceps?

Não, essa informação está totalmente equivocada. Muitos médicos dizem isso, e sabem que diante dessa ameaça a maioria das mulheres opta por uma cesárea eletiva. A verdade é que o uso do fórceps só deve ocorrer em caso de sofrimento fetal agudo. É um evento muito raro. Muito mais eficiente do que o uso do fórceps é permitir que a mulher fique semi-sentada, com o corpo o mais ereto possível, de preferência de cócoras, para ter força de expulsão. Infelizmente o fórceps tem sido muito mais utilizado por causa da ansiedade da equipe do que pela necessidade real.

Eu posso tomar anestesia em um Parto Normal após Cesárea?

A princípio pode, mas como em qualquer parto, deve ser usada em casos restritos, pois ela pode induzir o aparecimento de efeitos indesejáveis como a perda da força de expulsão, a desaceleração do trabalho de parto, a queda da pressão arterial e outros efeitos também sobre o bebê. No caso de se optar pela analgesia, ela deve ser a mais fraca possível (como em outros casos). Primeiro para afetar o menos possível o risco de desaceleração do parto e assim não haver necessidade de se usar ocitocina para correção do ritmo das contrações. Em segundo lugar, caso ocorra um raro evento de ruptura, a mulher poderá dizer que algo aconteceu.

Se eu sofrer uma ruptura uterina, como saberei?

Nas raríssimas vezes em que ocorre uma ruptura, a mulher percebe que algo está acontecendo. O primeiro sinal é que a dor aumenta muito e de repente. O segundo sinal é que entre as contrações a dor não diminui. O terceiro é uma dor nos ombros, perto do pescoço. Nesse caso a equipe deverá estar atenta e efetuar a cirurgia. Convém lembrar que esses são os sinais para qualquer ruptura uterina, em mães com primeira gestação, mulheres que não tiveram cesárea anterior, etc.

Como faço para entrar em contato com outras mulheres que tiveram PNAC?

No site Amigas do Parto tem uma seção de depoimentos só de PNAC. Cada depoimento tem o e-mail da autora para você entrar em contato, se quiser. (www.amigasdoparto.com.br/depoimen.html#vbac
)

sexta-feira, 24 de fevereiro de 2012

Parto normal X Cesárea

Quando se fazem comparações entre os tipos de parto sempre se destacam os benefícios estéticos do tipo: “o parto normal não deixa cicatriz”, ou então, se fala da dor: “a cesárea não dói”...e blá blá blá...mas no MEU ponto de vista, acho que o se deve ser dito, quase nunca é dito! Que são os reais benefícios do parto normal e quando realmente um parto cirúrgico passa a ser visto como uma escolha benéfica. 

 
Por exemplo: os benefícios do parto normal são inúmeros, tanto para a mãe 
como, e “principalmente” para o bebê. Vão desde uma melhor recuperação da mulher e redução dos riscos de infecção hospitalar para ambos, o vínculo afetivo é estabelecido com maior naturalidade e rapidez, o risco de uma hemorragia é muito menor, a possibilidade de uma laceração acidental de algum órgão NÃO existe, é obvio... Ainda permite a maturação final do pulmão do bebê, diminui a chance de depressão pós-parto, favorece e estimula a amamentação devido a liberação de ocitocina (natural), o tempo de alta no 
pós-parto normal normalmente se dá na metade do tempo, comparando-se com o tempo de alta pós-cesariana. O bebê adapta-se melhor ao novo ambiente, devido à saída natural do ventre materno. A passagem pela via natural do parto favorece a saída dos líquidos pulmonares do bebê, diminuindo os riscos de problemas respiratórios. O nascimento por parto normal acontece no tempo certo, diminuindo também os  riscos de retirada do feto no pré-termo, o que pode acarretar ainda outras complicações . O feto começa a
adaptar-se com o mundo exterior, acomodando o seu sistema fisiológico a um novo ritmo, de maneira suave, sem “violência” , o ritmo é natural. O bebê também se beneficia das alterações hormonais que ocorrem no corpo da mãe durante o trabalho de parto, fazendo com que ele seja mais ativo e responsivo ao nascer; É perceptível a diferença entre os bebês que nascem de parto normal e de uma cesárea logo assim que eles nascem. Durante a passagem pelo canal vaginal o corpo do bebê é massageado, fazendo com que ele desperte para o toque e não estranhe tanto ao ser manipulado ao nascer. Quando em trabalho de parto, o organismo da mamãe já está produzindo ocitocina e prolactina, hormônios naturais que aceleram a descida do leite, portanto, assim que vem ao mundo o bebê já pode ser amamentado pela mãe


E depois de tantos benefícios relacionados ao parto normal fica bem mais fácil perceber que a indicação REAL de uma cesárea fica bem mais restrita...porém ela ainda é indicada! Em algumas (poucas) situações beeeeem específicas, onde ela é usada para salvar vidas e não como uma situação de rotina, ;)

terça-feira, 14 de fevereiro de 2012

A Violência institucional contra as Doulas...um desabafo!!!

Sabe, eu sempre tive a certeza de que gostaria de trabalhar com gestantes e bebês. Mesmo antes de ser mãe eu já sabia desse amor pela maternidade, aliás acho que desde criança eu já sabia...Mas hoje...só sei que nada sei...kkk é exatamente assim que me sinto...



Corri atrás do meu sonho de ser doula... E SOU!!! E agora corro atrás do sonho de ser enfermeira obstetra...e ACHO que vou ser...mas acontecem coisas que deixam a gente pensando se está caminhando para o rumo certo...

Andei pensando (mais especificamente hoje!) se vou realmente conseguir, como doula, alguma abertura dos médicos e intituições para poder fazer meu trabalho, porque na prática, o que eu ouço, (e VEJO!!!) é que quando se pronuncia a palavra Doula, os médicos já torcem o nariz e se tiverem autonomia para impedir que participem eles o fazem...e se não tiverem, também o fazem!! Ou pelo menos tentam daquele jeitinho que só eles tem de se impor... Posso dizer que ainda não tive a experiência que eu tanto desejei de acompanhar um parto, mas também já posso dizer que já passei pela violência que eu NUNCA quis de ser criticada por ser doula e de ouvir alguém dizendo que doulas não servem pra nada... Enfim, essa violência que a gente sabe que existe e é praticada o tempo todo contra as gestantes já começa com a privação de ter uma doula por perto e de ter um parto com muito mais amor e atenção...#prontofalei

sábado, 4 de fevereiro de 2012

Violência no Parto

Eu acho que todas as mulheres que são mães, ou se interessaram em algum momento em ouvir relatos de parto já ouviram, ou vão ouvir histórias desse tipo. Me refiro a histórias que começam com o sonho de um lindo parto e terminam com a agressão de uma "violência institucional". Na verdade não concordo muito com esse termo, pois quem agride não é uma instituição e sim uma "pessoa". Uma "pessoa" que teoricamente estaria ali, no momento mais especial da vida de uma mulher para ampará-la, para fazê-la sentir-se segura e confiante naquilo que está ali para fazer, no caso PARIR!



Estudos realizados em agosto de 2010 pela Fundação Perseu Abramo e pelo Sesc, quantificaram pela primeira vez a escala de violência no parto em território nacional. O estudo mostra que a incidência de maus tratos com a parturiente ainda é mais frequente quando o local do parto ocorre na rede pública, chegando a 27%. Quando ocorre em rede privada as queixas caem para 17%. Ocorre também que quanto maior o município, maior o número de queixas. E isso deve-se a grande quantidade de partos realizados nos grandes hospitais de grandes municípios. Nas cidades pequenas as pessoas acabam se conhecendo melhor e os atendimentos tendem a ser melhores.



As agressões feitas as parturientes vão desde a recusa em oferecem algum tipo de alívio para dor, realização de exames dolorosos, gritos, tratamento grosseiros e preconceituosos muitas vezes relacionados a sua cor ou classe social.

Existe uma pesquisa muito séria a esse respeito sendo feita, e quem quiser compartilhar contando sua experiência de parto, caso tenha passado por algum tipo de violência é só entrar no site cientista que virou mãe e colaborar com a pesquisa,seus dados pessoais serão mantidos em sigilo se assim você desejar.

O terrorismo das 40 semanas

Quando uma mulher fica grávida a família toda entra em êxtase...a euforia toma conta de todos. E então começam os planejamentos...do quartinho do bebê, enxoval, carrinho, tipo de parto, se vai ser hospitalar, domiciliar, enfim...Mas quando chega o final da gestação, geralmente todas essas questões já foram resolvidas e só resta então esperar... e quando se completam as 40 semanas, a gestação parece não ter fim.  E é aí que começam as pressões...



Todos já estão um pouco aflitos com tanta espera, a mamãe já está pesada e até um pouco cansada, pelo desconforto que pode causar um barrigão de 40 semanas...E então surgem os cometários do tipo: "Ai, acho melhor você ir até o hospital, o bebê já pode ter passado da hora de nascer"...e também "Olha...fulana teve o bebê com 40 semanas e ele já estava engolindo líquido", "Esse bebê está demorando demais pra nascer, acho melhor marcar logo uma cesária"...e por aí vai...


As avós não se aguentam mais de tanta vontade de ver seus netinhos, os papais estão tão apreensivos que não vêem a hora de seus bebês chegarem, e muitas vezes todos se esquecem de que tantos comentários podem fazer com que as mamães sintam-se MUITO pressionadas e isso não faz nada bem, nem pra elas e nem para os bebês.





Esse momento não é nada fácil para as gestantes, já não bastasse a própria ansiedade, ela ainda tem que lidar com o terrorismo imposto muitas vezes pelos próprios familiares... e muitas vezes (na maioria delas né!) elas se deixam levar por tanta pressão e acabam caindo na famosa... "DESNE"cesária...

sexta-feira, 3 de fevereiro de 2012

O Renascimento do Parto


O filme "O Renascimento do Parto" retrata a grave realidade obstétrica mundial e sobretudo brasileira, que se caracteriza por um número alarmante de cesarianas ou de partos com intervenções traumáticas e desnecessárias, em contraponto com o que é sabido e recomendado hoje pela ciência. O Brasil é o campeão mundial no número de cesarianas. O Renascimento do Parto, de Érica de Paula e Eduardo Chauvet , mostra mães, médicos e especialistas que expõem suas opiniões e defendem a valorização de um parto natural e principalmente humanizado. Será lançado em março de 2012.


Quando as intervenções são realmente necessárias?

Texto retirado do site www.saudedamulher.net, muito bem elaborado e baseado em evidências. 

 

Atendimento ao recém-nascido – resumo simples de documentos científicos

O QUE NÓS COMO PROFISSIONAIS DE SAÚDE PODEMOS FAZER
PARA PROMOVER OS DIREITOS HUMANOS DAS MULHERES NA
GRAVIDEZ E NO PARTO?
“Conheça e respeite as evidências científicas – Evite procedimentos
invasivos, dolorosos e arriscados, a não ser que eles sejam
estritamente indicados. Ajude a promover o direito das mulheres
à sua integridade corporal e a usufruir dos progressos da ciência”
Diniz, CSG, 2003

Um princípio importante para a prática de todos os profissionais da saúde é, em primeiro lugar, não causar dano. Esta ideia adquire importância adicional quando lidamos com recém-nascidos, por não haver quase nenhum dado em longo prazo a respeito da segurança de vários procedimentos. Intervenções de rotina, como a aspiração de vias aéreas ou estômago, usar oxigênio a 100% para reanimação neonatal e clampeamento imediato do cordão umbilical nunca foram baseadas em qualquer evidência clara de que melhoram o cuidado ao recém-nascido ou seus resultados. No entanto, algumas destas práticas estão tão firmemente arraigadas que será necessária uma grande quantidade de pesquisas para mudar tal padrão. Pesquisas recentes começam a identificar algumas práticas mais antigas que não deveriam ter sido abandonadas e algumas práticas atuais que deveriam deixar de ser usadas. De forma a alcançar um nascimento suave e fisiológico e um cuidado ao recém- nascido centrado na família, práticas que podem interferir no vínculo entre a mãe e o bebê devem ser atentamente examinadas. Na maioria das vezes, quanto menos intervenção, melhor.

É necessário fomentar uma atenção qualificada ao parto, já que mais da metade das mortes maternas e neonatais ocorre durante a internação para o parto.
Deve­-se considerar não apenas a estrutura hospitalar (equipamentos e recursos humanos), mas também o processo assistencial: acompanhamento adequado do trabalho de parto, utilização do partograma, promoção do trabalho de parto fisiológico evitando-se inter­venções desnecessárias que interferem na sua evolução (como ocitocina endovenosa de rotina, restrição ao leito, jejum, parto em litotomia, entre outras) e assistência adequada na sala de parto. Destacam-se também a presença do acompanhante; a promoção do contato mãe-bebê imediato após o parto para o bebê saudável, evi­tando-se intervenções desnecessárias de rotina e que interferem nessa interação nas primeiras horas de vida; estimular o contato pele a pele e o aleitamento materno na primeira hora de vida.

No Brasil, nascem cerca de três milhões de crianças ao ano, das quais 98% em hospitais.
Sabe-se que a maioria delas nasce com boa vitalidade; entretanto, manobras de reanima­ção podem ser necessárias de maneira inesperada. São essenciais o conhecimento e a ha­bilidade em reanimação neonatal para todos os profissionais que atendem RN em sala de parto, mesmo quando se esperam crianças hígidas sem hipóxia ou asfixia ao nascer.  O risco de haver necessidade de procedimentos de reanimação é maior quanto menor a idade gestacional e/ou o peso ao nascer. O parto cesário, realizado entre 37 e 39 semanas de gestação, mesmo não havendo fatores de risco antenatais para asfixia, também eleva o risco de necessidade de ventilação do RN.

No intuito de elucidar os parâmetros atuais, foram pontuadas observações sobre a assistência recomendada para a atenção ao recém-nascido a termo e boa vitalidade, baseadas em evidências científicas e publicado por instituições soberanas de atenção à saúde (Organização Mundial de Saúde, Organização Panamericana de Saúde e Ministério da Saúde). Seguem abaixo os tópicos abordados:
AVALIAÇÃO DA VITALIDADE AO NASCER
Imediatamente após o nascimento, a necessidade de reanimação depende da avaliação rápida de quatro situações referentes à vitalidade do concepto, sendo feitas as seguintes perguntas:
Figura 2 – Avaliação da vitalidade ao nascer. Fonte: Ministério da Saúde, 2011

A avaliação da coloração da pele e das mucosas do RN não é mais utilizada para decidir procedimentos na sala de parto. Estudos têm mostrado que a avaliação da cor das extremi­dades, do tronco e das mucosas é subjetiva e não tem relação com a saturação de oxigênio ao nascimento.12 Além disso, RN com esforço respiratório e FC adequados podem demorar alguns minutos para ficarem rosados. Nos RN que não precisam de procedimentos de re­animação ao nascer, a saturação de oxigênio com um minuto de vida situa-se ao redor de 60-65%, só atingindo valores de 87%-92% no 5º minuto de vida.13
O RN a termo com boa vitalidade deve ser secado e posicionado sobre o abdome da mãe ou ao nível da placenta por, no mínimo, um minuto, até o cordão umbilical parar de pulsar (aproximadamente 3 minutos após o nascimento), para só então realizar-se o clampeamento.

AMBIENTE DO NASCIMENTO
O ambiente adequado é feito em meio a pouca luz, silêncio, massagem nas costas do bebê, que não é dependurado pelos pés e nem recebe a famosa palmada “para abrir os pulmões”. O contato pele a pele imediata­mente após o nascimento, em temperatura ambiente de 26ºC, reduz o risco de hipotermia em RN a termo que nascem com respiração espontânea e que não necessitam de ventila­ção, desde que cobertos com campos pré-aquecidos. Nesse momento, pode-se iniciar a amamentação. Após o clampeamento do cordão, o RN poderá ser mantido sobre o abdome e/ou tórax materno, usando o corpo da mãe como fonte de calor, garantindo-se que o posicionamen­to da criança permita movimentos respiratórios efetivos.
É garantido por lei o direito a acompanhante da gestante e puérpera durante o trabalho de parto e parto (Lei Federal 11.108) e para o bebê, com garantia de Alojamento Conjunto, inclusive se for necessária a internação do bebê.

Figura 1 – Benefícios da presença do acompanhante escolhido pela mulher.

ASPIRAÇÃO ROTINEIRA
A maioria dos textos obstétricos descreve a limpeza da boca e nariz do recém-nascido com uma seringa de bulbo. Estudos realizados em bebês sadios nascidos a termo concluem que não há benefícios advindos da aspiração de rotina após o nascimento e apoiam o abandono da aspiração como procedimento de rotina.

Também se caracteriza como procedimento de rotina a aspiração gástrica no momento do nascimento, em que uma sonda de aproximadamente 8 mm é introduzida pela boca até o estômago do RN e o conteúdo estomacal é aspirado. Existem poucos estudos conclusivos a este respeito, mas Widstrom estudou o efeito da aspiração gástrica na circulação dos recém-nascidos e no comportamento alimentar posterior. Foram estudados bebês saudáveis nascidos a termo, e concluiu que a aspiração gástrica é prejudicial, provocando alterações na frequência cardíaca e na pressão arterial do recém-nascido sem benefícios relacionados, indicando que não deveria ser usada no atendimento de rotina do neonato.

Na presença de líquido amniótico meconial, fluido ou espesso, o obstetra não deve realizar a aspiração das vias aéreas, pois esse procedimento não diminui a incidência de síndrome de aspiração de mecônio, a necessidade de ventilação mecânica nos RN que desenvolvem pneumonia aspirativa, nem o tempo de oxigenoterapia ou de hospitalização. Para este tipo de assistência, são recomendadas uma sequência de intervenções e avaliações, conforme descrito na publicação "Atenção à saúde do recém-nascido: guia para os profissionais de saúde" do Ministério da Saúde, 2011
CESÁREA AGENDADA
Vem sendo registrado aumento da incidência da prematuridade e do baixo peso ao nascer em capitais e cidades de maior por­te no País, como o Rio de Janeiro (12%) e Pelotas (16%), o que tem sido fonte de grande pre­ocupação. Os estudos apontam que este aumento está relacionado às taxas crescentes de cesarianas programadas com interrupção indevida da gravidez, sem justificativa médica, tendo como consequência a prematuridade iatrogênica e aumento do risco de morte in­fantil e perinatal, mesmo entre os RN prematuros tardios com peso adequado ao nascer.
CLAMPEAMENTO DO CORDÃO
Atualmente, não existem orientações formais sobre o tempo para o clampeamento do cordão umbilical. Pinçar o cordão imediatamente após o nascimento resulta numa redução de 20% no volume de sangue para o neonato e uma redução de mais de 50% no volume de glóbulos vermelhos. A literatura recente refuta a ideia de que o clampeamento tardio do cordão cause policitemia sintomática e indica que o clampeamento imediato pode levar à anemia na infância. Vários estudos clínicos randomizados indicaram que mais bebês que experienciaram o clampeamento imediato tiveram anemia na infância, comparados aos bebês que tiveram um clampeamento tardio.

Uma revisão integrada recente da literatura sobre o gerenciamento do cordão nucal encontrou relatos mostrando um aumento nos riscos para o recém-nascido quando o cordão foi clampeado antes da saída dos ombros.
CONTATO PELE-A-PELE
“Para a assistência ao recém-nascido normal, que constitui a maioria das
situações, nada mais deve ser feito além de se enxugar, aquecer, avaliar e entregar à mãe para um contato íntimo e precoce.”
 Ministério da Saúde, 2001

Manter o bebê aquecido ao nascimento é parte essencial do manejo imediato do recém- nascido. Recém-nascidos correm o risco de perda de calor ao nascimento por causa de sua grande superfície em relação à sua massa, pouco tecido subcutâneo, e permeabilidade de sua pele à água. O contato pele-a pele pode ocorrer imediatamente após - nascimento e durante a primeira hora de vida. Quando um recém-nascido é colocado pele a pele, a mulher provê calor diretamente ao seu recém-nascido, através da condução. Em geral, o recém-nascido é completamente seco e um cobertor é colocado sobre o bebê e a mãe para prevenir a perda de calor por meio da convecção e evaporação.

Além da manutenção de temperatura, os bebês que tiveram um cuidado pele a pele na primeira hora de vida dormiram por mais horas, passaram mais tempo em estado de quietude, e estavam mais bem organizados às 4 horas de vida.

Os benefícios do contato pele a pele imediato e ao aleitamento durante a primeira hora de vida incluem maior duração da amamentação, mais sentimentos maternos positivos em relação à criação de seu bebê e maiores escores de afetividade materna e vínculo materno.

O contato pele a pele deveria ser considerado uma intervenção primária para prevenir hipotermia neonatal. As maternidades que separam mães e bebês com a intenção de prevenir estresse pelo frio inconscientemente aumentam o risco desse tipo de ocorrência, e ao mesmo tempo privam o par da intimidade e vínculo ao retardar o início da amamentação.
MEDICAMENTOS
ANALGESIA DE PARTO
Existem relatos de que bebês de mães que receberam analgesia de parto, inclusive peridural, têm mais dificuldade para iniciar a amamentação. Um estudo encontrou que mais mulheres que receberam analgesia peridural no parto descreveram que não tinham leite suficiente, quando comparadas a mulheres que não receberam analgesia peridural nas primeiras 12 semanas pós-parto. No entanto, sugere que o vínculo precoce entre mãe e bebê pode ter mais efeito sobre a amamentação do que o tipo de agente analgésico usado durante o parto.

Não foram encontradas diferenças na admissão em UTIs neonatais entre bebês expostos à peridural versus outro tipo de analgesia, ou a nenhuma analgesia no parto , ou ainda em uma comparação entre a peridural e a combinação de uma analgesia peridural- vertebral. A exposição à analgesia materna não parece aumentar o risco de um bebê para admissão a uma UTI neonatal. Porém, os recém-nascidos que não foram expostos a qualquer tipo de agentes analgésicos do parto parecem exibir importantes comportamentos pré-amamentação, necessários ao sucesso do aleitamento, mais precocemente que os recém-nascidos expostos à analgesia, mas os efeitos dos analgésicos sobre o aleitamento e duração da amamentação são obscuros. O impacto em longo prazo da analgesia materna sobre o comportamento neural é incerto.

NITRATO DE PRATA (MÉTODO DE CREDÉ)
Em 1881, para prevenção de oftalmia (conjuntivite) gonocócica (causada pelo gonococo ou Neisseria gonorrhoeae, bactéria que pode ser transmitida da mãe para o bebê no canal do parto, caso ela esteja infectada), iniciou-se o uso do nitrato de prata a 1%. O nitrato de prata causa uma conjuntivite química, levando a uma resposta inflamatória com efeito antibiótico secundário. Ele é instilado no saco conjuntival inferior, e o excesso da medicação é removido com gaze. Não se deve lavar os olhos do bebê logo em seguida. Pode-se retardar o uso da medicação por até uma hora, para evitar a rotura do contato visual precoce entre mãe e filho na sala de parto, já que o nitrato de prata pode diminuir a abertura ocular e inibir a resposta visual.
VITAMINA K
A deficiência neonatal de Vitamina K existe em pelo menos 0,5% de todos os RN. Essa frequência é maior no RN pré-termo e nos pequenos para a idade gestacional com risco de sangramento gastrointestinal ou outro tipo de hemorragia. A administração oral de 2Mg de vitamina K com repetição da dose em esquemas variados têm sido demonstrado ser quase tão eficaz quanto a injeção de 1Mg via intramuscular.

Referências
Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Ações Programáticas e Estratégicas. Atenção à saúde do recém-nascido: guia para os profissionais de saúde. Brasília: Ministério da Saúde, 2011.

Brasil. Ministério da Saúde. CPI da Mortalidade Materna – Brasília : Ministério da Saúde, 2001

WHO, 1996. Care in normal birth. A practical guide.

Judith S. Mercer, Debra A. Erickson-Owens, Barbara Graves, Mary Mumford Haley.  Práticas baseadas em evidências para a transição de feto a recém-nascido. Rev Tempus Actas Saúde Col // 173

Rattner, D e Trench, B. Humanizando Nascimentos e Partos. São Paulo: Ed. Senac, 2005

Hodnett, E D . Pain and women’s satisfaction with the experience of childbirth: a systematic review. Am J Obstet Gynecol. 2002; 186: S160-S172

Diniz, CSG. O que nós profissionais da saúde podemos fazer para promover os direito humanos das mulheres na gravidez e no parto? Departamento de medicina preventiva. FMUSP, 2003.

Diniz, CSG. Entre a técnica e os direitos humanos: possibilidades e limites da humanização da assistência ao parto. Tese Doutorado FMUSP, 2001

Americana dá à luz em carro após ser parada por excesso de velocidade

Debbie Richmond estava em carro com a mãe, que dirigia a 140 km/h.Sarah Lynn Altman nasceu no banco da frente do veículo durante parada.



Uma norte-americana de Waverly, no estado de Ohio, deu à luz dentro do carro após ter sido parada por excesso de velocidade, informa a emissora local “10 TV”.

Debbie Richmond contou ter entrado em trabalho de parto por volta das 4h da manhã de terça-feira (31) e pediu a mãe dela para levar ela e o marido de carro até o hospital.

“Eu estava me contorcendo de dor e disse: ‘Nós temos que ir agora.'" A mãe de Richmond, Donna, admite ter pisado forte no acelerador.

“Eu sabia que estava rápido, mas não sabia que era tão rápido. Ela disse que eu estava a 90 milhas por hora [cerca de 140 km/h]”, disse a mãe.

O carro da família foi parado por exceder a velocidade e recebeu uma advertência.

“Eu estava gritando: ‘Estou parindo’, e minha mãe perguntou: ‘Eu posso dirigir a 60 milhas por hora?”. Segundo ela, o guarda respondeu: “Não posso dizer isso à senhora.”

A parada no tráfego demorou ao ponto de a filha de Debbie, Sarah Lynn Altman, nascer no banco da frente do veículo.

“Eu estava mantendo minhas pernas juntas. Ela simplesmente saiu, sem anestesia nem nada”, contou a norte-americana.

O pai, Randall Altman, disse que estava no banco de trás do carro tentando manter a calma. “Eu estava desesperado”, contou ele, que disse ter ficado mais aliviado quando ouviu o bebê chorar.

Debbie Richmond e a pequena Sarah estão se recuperando no hospital Mount Carmel West. “Vou contar tudo isso no livro do bebê”, brincou a mãe.

De acordo com parentes, além do parto no trânsito, os pais de Altman atropelaram um cervo a caminho do hospital, mas ninguém ficou ferido no acidente.

Fonte:G1.com.br

quinta-feira, 2 de fevereiro de 2012

Banho relaxante para bebês


Uma coisa que está SUPER na moda entre mamães e bebês de uns tempos pra cá é o banho de balde. E que essa moda se espalhe ainda mais, pois os pequeninos adoram! Até os 9 meses de vida, os bebês são capazes de recordar as sensações intra-uterinas e por isso o banho de balde os deixam tão tranqüilos e relaxados, pois relembram um ambiente protegido, aquecido, escuro e também da posição fetal em que costumavam ficar.



Quando colocamos o bebê em contato com a água em uma banheira normal, logo ele irá recordar de quando estava no útero materno, mas não reconhecerá a posição e o ambiente, pois de barriga pra cima, eles sentem-se muito desconfortáveis o que poderá ser motivo de insegurança, medo e até cólicas após o banho.
Esse momento que deveria ser agradável torna-se estressante, tanto para o bebê quanto para os pais.



                                                              
Para que o banho seja terapêutico e relaxante é importante atentar-se a alguns detalhes como a temperatura da água que deve estar entre 36 e 38 graus, a água deve cobrir todo o corpinho do bebê deixando somente a cabeça pra fora, e essa deve sempre estar amparada pelas mãos de quem estiver dando o banho no bebê, até que ele firme a cabecinha.



Se o intuito do banho for somente o de relaxar, o bebê pode estar embrulhado em um pano, como um “charutinho” e se sentirá ainda mais seguro. Alguns chegam a adormecer...é liiiiiindo de se ver!


Abaixo assinado pelo direito de ter uma doula

Abaixo-assinado pelo direito da Gestante ser acompanhada por uma doula durante o trabalho de parto, parto e pós parto em qualquer hospital brasileiro.

Para:Sra Presidente da Republica Federativa do Brasil, Srs Deputados Federais, Sr Ministro da Saúde

Vimos por meio deste abaixo assinado, solicitar ao Sr. Ministro da Saúde a criaçao de uma lei, que dá o direito às gestantes de contarem com a presença de uma Doula durante todo o trabalho de parto, parto e pós parto.

As doulas, são impedidas de acompanhar as gestantes na maioria dos hospitais públicos e privados deste país. Os hospitais fazem a gestante escolherem entre seu marido ou a doula.

Klaus e Kennel publicaram em 1993 em “Mothering the mother“ um estudo onde apontaram os resultados globais da presença da doula no trabalho de parto e parto, como pode ser visto abaixo:

• Redução de 50% nos índices de cesárias
• Redução de 25% na duração do trabalho de parto
• Redução de 60% nos pedidos de analgesia peridural
• Redução de 30% no uso de analgesia peridural
• Redução de 40% no uso de ocitocina
• Redução de 40% no uso de fórceps

Outros estudos também mostram claramente que a presença da doula no pré-parto e parto trazem benefícios de ordem emocional e psicológica para mãe e bebê, incluindo resultados positivos nas 4ª a 8ª semanas após o parto:

• Aumento no sucesso da amamentação
• Interação satisfatória entre mãe e bebê
• Satisfação com a experiência do parto
• Redução da incidência de depressão pós-parto
• Diminuição nos estados de ansiedade e baixa auto-estima

As revisões da literatura científica elaboradas pelo notório grupo científico da Cochrane Collaboration’s Pregnancy and childbirth Group inclui e valida diversos estudos abrangendo uma grande diversidade cultural, econômica e com diferentes formas de assistência. Confirma claramente que a presença da doula no suporte intra-parto contribui para a melhora nos resultados obstétricos, diminui as taxas das diversas intervenções e promove a saúde psico-afetiva da mãe e do vínculo mãe-bebê.

O mesmo grupo, em sua revisão publicada em 1998 declarou: “Devido aos claros benefícios e nenhum risco conhecido associado ao apoio intra-parto, todos os esforços devem ser feitos para assegurar que todas as mulheres em trabalho de parto recebam apoio, não apenas de pessoas próximas, mas também de acompanhantes especialmente treinadas. Este apoio deve incluir presença constante, fornecimento de conforto e encorajamento.”

Sendo assim, solicitamos aos nossos governantes que criem e façam valer uma lei federal que permita a presença da Doula durante todo trabalho de parto, parto e pós parto, se assim for desejo da gestante, em qualquer hospital, seja esse público ou privado em nosso país.

Clique aqui para assinar a petição

quarta-feira, 1 de fevereiro de 2012

Filhos do amor podem mudar o mundo!


Antes mesmo de seu bebê nascer, uma mãe já ama profundamente seu filho, isso é FATO!
O responsável por todo esse amor, é um hormônio chamado ocitocina.
A ocitocina tem sido assunto de diversos estudos científicos bastante sérios. Pesquisas com animais sugerem que ela tem papel fundamental em uma série de comportamentos sociais, que vão da criação dos filhos à formação de relacionamentos duradouros.

Mostrou-se, por exemplo, que animais que NÃO produzem ocitocina ignoram suas crias e constantemente buscam parceiros diferentes para o acasalamento. Espécies que produzem o hormônio tendem a ser dedicadas aos filhotes e aos parceiros.

Enfim... quando a ocitocina circula pelo corpo de uma gestante é como se o amor estivesse correndo por suas veias. A medida que o trabalho de parto evolui, ocorre um aumento da ocitocina e quando o bebê nasce, nós mãe corujas e babonas nos encontramos intoxicadas de tanto amor! :)


E aí me pergunto? Quando os bebês nascem de cesáreas, falo especificamente das eletivas, aquelas com dia e hora marcados...Em que momento essa ebulição de amor acontece? Será que naquele dia exatamente naquela hora,esse bebê, ou até mesmo essa mãe, estavam prontos e cheios de amor? Não digo que mães que tiveram filhos através de partos cirúrgicos não amem seus bebes!! Pelo amoooooooor hein gente!! Eu mesma tive duas cesáreas e AMO meus filhos mais que TUDOOOOOOOO nessa vida! Indiscutivelmente!

Mas será que de alguma maneira o processo de convivência não se torna mais dificultoso? Ou isso de alguma maneira pode afetar na personalidade ou relacionamento desse bebe com essa nova mãe? E se não houver amor imediato? São tantos os questionamentos quando o homem começa a interferir demais na natureza...E as vezes, o preço que se paga pode ser alto demais...
Michel Odent já dizia...”Para mudarmos o mundo, é preciso mudarmos a forma de nascer”