Fumar durante a gestação traz sérios riscos para o bebê e para a mãe. Apesar disso, muitas não abandonam o vício nesse período
Está na embalagem do cigarro: fumar faz mal à saúde. Se esse hábito
traz danos para qualquer um, imagine para as grávidas. Estudos já
comprovaram que essas mães possuem 40% mais chances de gerar filhos
prematuros, aumentam em 70% a probabilidade de abortar e correm mais
risco de ter descolamento de placenta antes do tempo certo - o que causa
a morte de 50% dos bebês. Para os pequenos, os prejuízos são
devastadores. Eles podem nascer com baixos peso e tamanho. "Chegam a
pesar de 50 a 400 gramas a menos do que o normal", revela Valéria Cunha,
técnica da Divisão de Controle de Tabagismo do Instituto Nacional de
Câncer, no Rio de Janeiro. Sem falar que essas crianças estão mais
sujeitas a desenvolver problemas respiratórios e até cardíacos.
Pesquisas mostram que elas têm déficit de atenção e demoram alguns anos
para atingir a curva normal de crescimento.
A comunidade científica não pára de investigar os impactos do cigarro na saúde. E os resultados colocam o tabaco cada vez mais no papel de vilão da história. Um estudo da Escola de Medicina da Universidade de Boston, nos Estados Unidos, achou no líquido amniótico de 52,4% das mães fumantes uma substância que causa câncer e de nome complicadíssimo: a 4 metilnitrosamina-1-3 peridil 1-butanol. O componente foi detectado no fluido de apenas 6,7% das grávidas que não fumavam. Esse líquido enche a placenta, banhando o feto. Ou seja, não só as mães, mas também os bebês ficam expostos a fatores carcinógenos.
Outros estudos apontam mais problemas no consumo de tabaco na gravidez. A Universidade do Sul da Califórnia, por exemplo, constatou, em um trabalho feito com 3 357 crianças em idade escolar, que os filhos de mães fumantes têm capacidade pulmonar duas vezes menor que a da prole de gestantes que não fumavam.
Uma das piores conseqüências é que o bebê pode nascer com dependência química da nicotina. E não adianta apagar o cigarro apenas durante a gestação e voltar a fumar após o parto. "A criança absorve a nicotina via leite materno. A substância é apontada pela Organização Mundial da Saúde como uma das causas da síndrome da morte súbita infantil", alerta Valéria Cunha. Nesse caso, o pequeno morre de forma abrupta e repentina. Por tudo isso, os especialistas são categóricos: as mulheres devem abandonar totalmente o vício na gestação e enquanto amamentam seus filhos. Trata-se, sem dúvida, de uma ótima causa.
Publicado em bebe.com.br
A comunidade científica não pára de investigar os impactos do cigarro na saúde. E os resultados colocam o tabaco cada vez mais no papel de vilão da história. Um estudo da Escola de Medicina da Universidade de Boston, nos Estados Unidos, achou no líquido amniótico de 52,4% das mães fumantes uma substância que causa câncer e de nome complicadíssimo: a 4 metilnitrosamina-1-3 peridil 1-butanol. O componente foi detectado no fluido de apenas 6,7% das grávidas que não fumavam. Esse líquido enche a placenta, banhando o feto. Ou seja, não só as mães, mas também os bebês ficam expostos a fatores carcinógenos.
Outros estudos apontam mais problemas no consumo de tabaco na gravidez. A Universidade do Sul da Califórnia, por exemplo, constatou, em um trabalho feito com 3 357 crianças em idade escolar, que os filhos de mães fumantes têm capacidade pulmonar duas vezes menor que a da prole de gestantes que não fumavam.
Uma das piores conseqüências é que o bebê pode nascer com dependência química da nicotina. E não adianta apagar o cigarro apenas durante a gestação e voltar a fumar após o parto. "A criança absorve a nicotina via leite materno. A substância é apontada pela Organização Mundial da Saúde como uma das causas da síndrome da morte súbita infantil", alerta Valéria Cunha. Nesse caso, o pequeno morre de forma abrupta e repentina. Por tudo isso, os especialistas são categóricos: as mulheres devem abandonar totalmente o vício na gestação e enquanto amamentam seus filhos. Trata-se, sem dúvida, de uma ótima causa.
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